O coração de Jack pulou uma batida. Ele piscou os olhos, tentando entender o que estava vendo. “Isso deve ser um engano”, sussurrou ele, sem respirar. “Ela não deveria estar aqui.” No entanto, a visão da cabine de comando era inconfundível.

Ele apertou os olhos, concentrando-se no rosto dela. Aqueles olhos castanhos quentes e familiares, os mesmos pelos quais ele se apaixonou. Mas algo parecia errado. Não, não podia ser. Ele olhou novamente. E mais uma vez. IMPOSSÍVEL! Ele queria gritar para ela, mas as palavras ficaram presas em sua garganta. Suas mãos tremiam levemente sobre os controles. Tudo o que ele podia fazer era olhar em silêncio atônito.

A mente de Jack estava cheia de perguntas. Será que é ela mesmo ou estou apenas imaginando coisas? Talvez eu queira tanto que ela esteja aqui que comecei a vê-la, pensou ele. Mas, por outro lado, e se for mesmo ela? Isso implicaria… Ele lutou contra uma súbita onda de emoção, recusando-se a acreditar no impossível. No entanto, o que Jack não imaginava era que esse voo estava prestes a revelar um segredo, que poderia mudar tudo o que ele achava que sabia.

Enquanto os passageiros embarcavam no avião, ele se viu olhando para ela da janela da cabine. Ele não conseguia deixar de estudar seus familiares olhos castanhos, os contornos de seu rosto e suas mãos delicadas – mãos que um dia seguraram as suas em momentos de amor. Parecia impossível. Por quase dez minutos, ele continuou olhando de relance para a mulher, mas ela nunca notou. Completamente absorta em seu livro, ela parecia alheia à agitação dos preparativos do voo. Enquanto isso, o mundo de Jack havia virado de cabeça para baixo.

Sua mente girava. Só podia ser a esposa dele! Mas como poderia ser ela? E se fosse ela, por que estava sentada aqui no avião, aparentemente sem saber da presença dele na cabine? Ele tinha certeza de que estava olhando para ela, mas tinha a mesma certeza de que ela não poderia estar ali. Sua mente começou a acelerar – será que ela poderia ter enganado a todos, até mesmo a ele?

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Apenas alguns minutos antes, Jack estava se sentindo positivo. Ele havia se preparado para o voo de hoje, seu primeiro depois de alguns momentos difíceis. Estar de volta à cabine de comando foi uma boa distração, ajudando-o a se concentrar em algo diferente de seus problemas.

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Sua função como piloto, a rotina que oferecia e as interações com os passageiros o ajudaram a encontrar consolo depois das dificuldades que enfrentou no último ano. Antes de embarcar no avião, ele respirou fundo e forçou um sorriso no rosto. Ele se convenceu de que, se continuasse a fingir felicidade, eventualmente poderia começar a acreditar nisso.

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Assim, Jack verificou novamente os controles da cabine, entrando sem esforço em sua rotina bem praticada. Seus companheiros de tripulação conversavam com entusiasmo, discutindo seus planos para o fim de semana após o pouso. Ele se esforçou para absorver a empolgação deles, tentando acalmar o incômodo que sentia em suas entranhas.

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Esse voo significava mais do que apenas seu retorno ao trabalho; representava sua volta não apenas à carreira de piloto, mas também à vida cotidiana. Ele precisava garantir a si mesmo que estava realmente pronto, que as sombras escuras do ano anterior haviam diminuído o suficiente para que ele pudesse retomar suas responsabilidades de forma eficaz.

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Mas então, enquanto os passageiros subiam a bordo, Jack a viu. Seu coração falhou e uma súbita tensão tomou conta de seu corpo. O mundo ao seu redor caiu em um silêncio abafado, com sua atenção voltada somente para ela. Ele sentiu o coração bater descontroladamente contra suas costelas enquanto ela caminhava pelo corredor.

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Congelado em seu assento na cabine, Jack não conseguia desviar o olhar da mulher que se dirigia ao assento 37A. o que ela está fazendo aqui?”, ele se perguntava, sua mente cambaleando de incredulidade. Toda a situação parecia surreal, além do reino da possibilidade.

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Seu coração acelerou, a descrença sufocando suas palavras: “Isso não pode estar acontecendo”, ele murmurou em silêncio. “É impossível.” O mundo ao seu redor parou; a conversa de seus colegas pilotos e os sons dos passageiros embarcando desapareceram no nada. Sua atenção estava voltada apenas para ela.

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Ela tinha os mesmos olhos suaves, o mesmo cabelo esvoaçante e até mesmo seus gestos eram familiares. Sua pulsação se acelerou enquanto ele continuava a olhar para ela. Mas isso não podia ser real, certo? Tinha que ser algum tipo de ilusão surreal e agridoce.

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Ele olhou para ela novamente, com o coração na garganta, ainda lutando para acreditar em seus olhos. Isso era algum tipo de pegadinha? Cada característica do rosto dela era exatamente como ele se lembrava, uma imagem espelhada da mulher que ele conhecia tão bem. Mas não podia ser ela, isso era impossível. No entanto, inexplicavelmente, lá estava ela, sentada apenas algumas fileiras abaixo na cabine.

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Ele continuou a observá-la da cabine de comando, mas ela parecia completamente alheia a ele. Sua mente estava girando, lutando para compreender como sua esposa poderia estar nesse voo. Aqueles olhos castanhos e quentes, que antes o olhavam com amor e compreensão, agora estavam atentamente concentrados no livro que estava no colo dela. As mãos delicadas e carinhosas que ele se lembrava de ter segurado com tanta frequência agora estavam folheando as páginas casualmente.

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Ele precisava ter certeza. Ele precisava confrontar essa realidade inacreditável. Jack ajustou sutilmente seu boné de piloto e respirou fundo, com o coração acelerado por uma mistura de medo e expectativa. Ele tinha que descobrir a verdade.

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Com uma determinação instável, ele se levantou abruptamente de seu assento na cabine de comando. “Desculpe-me por um momento”, disse ele ao copiloto, mas suas palavras se arrastaram enquanto ele se dirigia à cabine, com os olhos fixos nela. A cada passo, a imagem ficava mais nítida, mas a impossibilidade da situação obscurecia sua crença. E então, de repente, ele estava ao lado dela..

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“Peço desculpas pelo atraso…”, ele começou a falar, mas as palavras travaram em sua garganta. Ela olhou para cima e seus olhos se encontraram. A xícara de café meio vazia que ele tinha na mão escorregou de suas mãos, espalhando o conteúdo por toda parte quando caiu no chão. Seu uniforme e o livro da mulher ficaram com uma mancha feia, mas ele nem percebeu. Tudo o que podia fazer era olhar para ela com total descrença.

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A mente de Jack girava, lutando para entender como sua esposa poderia estar nesse voo, viva e bem diante de seus olhos. Ele se lembrava vividamente da dor do funeral dela, da visão do caixão sendo baixado no chão. Desde então, todos os dias foram uma batalha contra o luto, sua vida se transformando em uma sombra do que era antes. Noites sem dormir, perda de apetite e uma sensação generalizada de vazio haviam se tornado seu novo normal.

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No entanto, aqui estava ela, sentada a apenas um braço de distância. A semelhança era impressionante – desde as mechas familiares em seu cabelo até as linhas suaves que apareciam nos cantos de seus olhos quando ela sorria. Todo instinto racional dizia a Jack que a mulher à sua frente não poderia ser sua esposa. No entanto, seu coração palpitante ignorou seu raciocínio. Ele estava cativado pela pessoa à sua frente.

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Ele observou atentamente cada parte do rosto dela, esperando encontrar algo diferente, qualquer coisa que mostrasse que ela não era realmente ela. No entanto, seus pensamentos foram abruptamente interrompidos por um grito alto que o tirou de seu transe. A mulher, sua mulher, sua esposa, estava agora gritando em sua direção. Sua mente girou, dividida entre a descrença e uma esperança desesperada.

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“O QUE DIABOS HÁ DE ERRADO COM VOCÊ?!” “VOCÊ ESTÁ DOIDO?!”, gritou ela para Jack, sua voz ecoando pela cabine. Jack piscou os olhos em confusão. O quê?! Foi assim que ela escolheu cumprimentá-lo? Sua mente se acelerou, tentando entender a situação surreal. Jack permaneceu imóvel no local, com a descrença tomando conta dele. Isso não podia ser verdade. Tinha que ser um sonho…

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Mas ela continuava gritando. “VOCÊ NÃO PODE VER QUE HÁ ALGUÉM SENTADO AQUI?”, ela continuou. Ela parecia extremamente irritada. Mas como isso poderia ser possível? Ela não deveria estar com raiva dele. Ela nunca havia levantado a voz dessa maneira para ele antes. Por que ela estava agindo como se não o conhecesse?

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Lágrimas brotaram nos olhos de Jack enquanto ele permanecia ali, paralisado. De repente, ele sentiu uma mão suave em seu ombro. Era Kim, uma de suas comissárias de bordo. “Sinto muito por esse transtorno”, disse Kim, dirigindo-se aos passageiros. “Vamos lidar com a situação imediatamente.” Ela deu a Jack um olhar tranquilizador.

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Recuperando seus sentidos, Jack de repente se tornou dolorosamente consciente da cena ao seu redor – os olhares dos passageiros, a expressão preocupada de Kim e o caos que havia se instalado. Dominado pelo constrangimento, pela confusão e por uma profunda sensação de perda, ele sabia que precisava deixar a cabine.

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Jack rapidamente seguiu pelo corredor e, sem dizer uma palavra, voltou correndo para a cabine de comando. Lá, em relativa privacidade, ele poderia finalmente recuperar o fôlego. No entanto, a tranquilidade de sua mente foi logo quebrada pela voz severa de Kim, que se dirigiu a ele.

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“O que foi isso?!” O olhar de Kim se fixou no de Jack, com uma mistura de preocupação e frustração evidente em seus olhos. “É por isso que eu o adverti várias vezes, Jack. Voltar ao trabalho tão cedo não é sensato. Você precisa descansar; você não está pronto para o trabalho.” A mente de Jack se acelerou. Kim o havia aconselhado insistentemente a não voltar rapidamente ao trabalho após o falecimento da esposa.

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Ele havia sido teimoso, insistindo que estava bem e preparado para voltar às suas funções. Mas agora, depois de ver alguém que se parecia exatamente com sua falecida esposa, as dúvidas o consumiam. E se tudo fosse uma mentira? E se não fosse verdade? A incerteza e a confusão nublaram sua mente, deixando seu coração em polvorosa.

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Jack perdeu sua esposa, Elise, em um súbito ataque cardíaco há quase seis meses. Ela tinha sido seu verdadeiro amor desde que se conheceram, e eles compartilharam inúmeras lembranças juntos. Foi Elise quem consertou seu coração depois de um doloroso rompimento e, desde então, eles se tornaram inseparáveis.

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Com o passar do tempo, eles decidiram aprofundar seus laços e se comprometeram a passar a vida juntos. “Um dia, eu farei você minha para sempre, Elise”, ele sussurrou com ternura, colocando gentilmente uma mecha de cabelo dela atrás da orelha durante um momento romântico em seu lugar favorito.

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E ele fez isso. Oito anos depois, eles se casaram, prometendo ficar juntos até que a morte os separasse. Nunca, em um milhão de anos, Jack esperaria que a morte chegasse tão rapidamente… Porque depois de apenas uma década de casamento, a amada esposa de Jack, Sarah, inesperadamente sofreu um ataque cardíaco e faleceu.

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A rapidez com que tudo aconteceu deixou Jack em um estado de descrença às vezes. Em um momento, eles estavam casados e felizes e, no momento seguinte, ele se viu sozinho, lamentando a perda de sua querida esposa, Sarah. Jack ficou arrasado com a morte de Sarah. Como eles ainda não tinham filhos, ele inicialmente se isolou do mundo, incapaz de aceitar a dura realidade. Mas com o tempo, ele percebeu que não poderia continuar nesse caminho.

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Um dia, ao examinar seu reflexo no espelho, ele mal conseguia reconhecer a pessoa que estava olhando para ele. O peso de sua perda o transformou de um homem outrora vibrante em uma figura sombria e envelhecida, privado do cuidado e do amor que definiram sua vida com Elise. Naquele momento, Jack tomou a decisão de voltar ao seu trabalho e começar do zero. Ele não imaginava que exatamente seis meses depois de se despedir de sua esposa, isso aconteceria. Ele ainda não conseguia acreditar..

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“Alô, você não está me ouvindo?!” Kim agarrou os ombros de Jack, sacudindo-o gentilmente para tirá-lo de seus pensamentos. “Oi?” Jack, confuso, olhou para o rosto sério de Kim. “O quê?”, ele perguntou. “Ela quer falar com você”, disse Kim novamente, com mais firmeza dessa vez. “Uh… quem quer falar comigo?” Jack gaguejou, ainda perplexo. Mas antes mesmo que Kim pudesse responder, Jack percebeu quem era. Era ela. Ela queria conversar…

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Ele não entendia o que estava acontecendo, mas decidiu ir em frente. Ele precisava de respostas mais do que qualquer outra coisa, e talvez agora ele as encontrasse. Então, ele respirou fundo e se firmou antes de se aproximar dela. “Olá”, Jack começou, mas depois tropeçou: “Uh, quero dizer, oi, desculpe” Ela olhou para ele, e ele continuou a falar, com as palavras correndo: “Peço desculpas pelo que aconteceu antes. Fiquei muito surpreso ao vê-la aqui”

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Ela lhe lançou um olhar intrigado, e Jack percebeu que ela não o reconhecia. “De qualquer forma”, ela começou, parecendo um pouco confusa, “me desculpe pelo que aconteceu antes. Acho que exagerei e percebi que você parecia tenso. É apenas uma pequena mancha em meu livro, nada demais. Mas você está bem?”, ela perguntou, sorrindo com um ar de desculpas.

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Jack ficou atônito. Como ela poderia dizer isso? Ela não o reconhecia? Ele ficou muito confuso. Sua expressão intrigada deixou claro que ela não sabia quem ele era. Ela estava apenas sendo educada. Será que ela estava perdendo a cabeça? Ou talvez ele tivesse finalmente perdido o juízo, e ela era uma completa estranha sem nenhuma ligação com sua falecida esposa. Talvez sua mente estivesse lhe pregando peças. Será que ele estava perdendo o juízo?

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Jack sabia que tinha de descobrir a verdade. Mas, primeiro, ele precisava escapar dessa conversa o mais rápido possível. Ele sentia que não conseguia respirar. Então, ele conseguiu dar um sorriso educado e disse: “Obrigado por sua preocupação”, e fez uma pausa: “Estou bem. Precisa de mais alguma coisa?”

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“Oh, não se preocupe”, disse ela, sorrindo calorosamente, e então pegou sua bolsa. “Espere um segundo”, acrescentou ela ao lhe entregar um cartão de visita branco. “Aqui está meu cartão de visita. Desculpe-me pelo café”, ela gesticulou para a camisa manchada. “Minha bolsa ficou no seu caminho e fez você tropeçar?” “Meu assistente resolverá o problema. Peço desculpas novamente.”

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“Oh, isso não é necessário”, disse Jack. “Por favor, pegue-a”, insistiu ela. Jack não entendia o que estava acontecendo, mas sentiu uma forte vontade de ir embora. “Obrigado, eu realmente agradeço”, disse Jack, tentando encerrar a conversa rapidamente. “Tenha um ótimo dia!”, acrescentou enquanto se afastava.

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De volta à cabine de comando, as mãos de Jack tremiam enquanto ele preparava o avião para o embarque. Seu copiloto, Mike, percebeu e perguntou: “Ei, Jack, está tudo bem? Você parece um pouco abalado” Após um momento de hesitação, Jack respirou fundo e começou: “Algo muito estranho acabou de acontecer. Talvez você deva assumir o controle do avião desta vez, pois estou começando a duvidar da minha própria sanidade.”

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“É perfeitamente compreensível que o primeiro dia de volta seja desafiador para você”, ele começou em um tom tranquilizador. “Eu certamente posso assumir a liderança até que você se sinta mais centrada.” Ele ofereceu conforto ao colocar uma mão de apoio no ombro de Jack. “Por enquanto, estou cuidando disso. Mas o que aconteceu? Fale comigo.”

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Jack hesitou, totalmente ciente de que, se ele realmente tivesse perdido a sanidade, seu emprego de piloto poderia estar em risco. No entanto, a necessidade de confiar em alguém, de buscar respostas, superou sua incerteza. Com determinação, ele pegou sua carteira. Tirou uma fotografia amassada e olhou para ela por um momento antes de falar. “Eu vi uma mulher embarcando que se parece exatamente com minha falecida esposa Elise”, disse ele, com a voz trêmula.

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Mike virou a cabeça e olhou para ele com incredulidade. Era evidente que ele estava considerando a possibilidade de Jack estar realmente perdendo a cabeça. Sua boca se abriu ligeiramente e então ele disse: “Jack, isso é…”

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“Aqui, dê uma olhada nesta foto de Elise”, disse Jack rapidamente, antes que Mike pudesse desligá-lo, entregando a foto a Mike. “Agora olhe pela janela da cabine para a mulher no assento 37a.” Mike estudou a foto primeiro, observando os olhos castanhos quentes e os cabelos castanhos esvoaçantes de Elise. Depois, voltou seu olhar para a cabine, concentrando-se na passageira que Jack havia indicado.

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Depois de alguns instantes, Mike se voltou para Jack, seu rosto refletindo espanto. “Isso é incrível. Aquela mulher se parece exatamente com sua falecida esposa”, ele murmurou. “Mas como isso é possível?”. “É exatamente o que estou pensando”, respondeu Jack, com a voz pouco acima de um sussurro, perdido na contemplação da mulher que tinha uma estranha semelhança com sua falecida esposa.

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Mike colocou uma mão tranquilizadora no ombro de Jack. “Gostaria de poder ajudá-lo com isso, mas alguém tem que cuidar do voo. Que tal você fazer uma pequena pausa, e Thomas e eu cuidaremos do processo de embarque?” Mike sugeriu, fazendo sinal para que o outro piloto, Thomas, entrasse em cena. “Podemos conversar mais depois.”

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Jack assentiu com gratidão, sabendo que Mike estava certo. Ele não estava em condições de voar no momento. Esse encontro bizarro o havia deixado questionando tudo. “Talvez você possa conversar sobre isso com um dos comissários de bordo?” Mike sugeriu de repente, tentando oferecer uma possível solução.

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“Kim?” Mike chamou com a voz elevada. “Você poderia conversar com o Jack enquanto eu cuido do voo?”. Kim virou a cabeça e, no momento em que viu a expressão no rosto de Jack, soube que algo estava muito errado. “O que está acontecendo?”, perguntou ela, com a voz cheia de compaixão, adotando um tom carinhoso.

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“Tudo bem se você estiver se sentindo sobrecarregado, Jack”, disse ela de maneira calma e gentil. “Todos nós entenderíamos se você precisasse de uma folga extra”, acrescentou. “Não, não, não, não é nada disso”, murmurou Jack, abrindo a carteira. Ele tirou uma fotografia, segurando-a nas mãos por um momento antes de continuar: “Ela não se parece com a minha falecida esposa?” Ele apontou para a mulher no assento 37A e depois abriu as mãos para revelar a fotografia.

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Kim franziu as sobrancelhas, fazendo um esforço para esconder seus pensamentos preocupados. Jack percebeu que ela estava examinando a foto amassada na mão dele por gentileza, tentando assegurar-lhe que ele não estava enlouquecendo. No entanto, ele também detectou uma ponta de dúvida em sua expressão. “Por favor, dê uma olhada mais de perto, Kim, antes de concluir que estou enlouquecendo”, implorou ele, com as palavras saindo com pressa.

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“Oh, Jack…”, ela começou, sua voz cheia de simpatia, mas então sua expressão sofreu uma transformação repentina. “Oh, meu Deus”, ela ofegou, sua mão voando para cobrir a boca em puro espanto. “O quê? Como? De jeito nenhum…” Ela tropeçou nas palavras, seu olhar se deslocando rapidamente entre a foto na mão de Jack e a mulher sentada na cabine.

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Jack ficou aliviado ao ver a expressão de Kim, confirmando seu reconhecimento da estranha semelhança. Ela também havia notado. Não era apenas sua imaginação; aquela mulher realmente se parecia com sua falecida esposa. Mas a realidade era que ela não podia ser sua esposa.

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Jack olhou para o cartão de visita em sua mão, o que ela havia lhe dado. Ele exibia o nome “Sarah Miller” em letras grandes, indicando que ela era a diretora executiva de uma empresa de recrutamento e seleção de pessoal. Era muito diferente do que sua esposa, Elise, vinha fazendo. Ela sempre foi apaixonada por seu trabalho como enfermeira, cuidando de pacientes e fazendo a diferença em suas vidas.

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Essa mulher, Sarah Miller, claramente não é minha esposa, Elise. A menos, pensou Jack com o coração acelerado, que ela tenha passado por uma transformação dramática e fingido a própria morte para começar uma vida completamente nova com uma identidade diferente. A ideia parecia absurda, mas, em meio à sua confusão, ele não pôde deixar de relembrar os últimos dois meses com ela. Será que ele havia perdido algum sinal?

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“Eu não entendo”, sussurrou Jack, com a voz trêmula. “Será que eu imaginei a morte de Elise de alguma forma? Ela esteve lá fora esse tempo todo enquanto eu chorava por ela?” Ele piscou rapidamente, tentando conter as lágrimas que brotavam em seus olhos. Kim deu um sorriso reconfortante. “Você está sobrecarregado, Jack, mas deve haver uma explicação lógica. Você deve conversar com ela. Talvez ela saiba de algo que possa nos ajudar a entender isso.”

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Antes que Jack pudesse responder, Kim assumiu o controle, empurrando o caminho de volta para o corredor. “Eu o acompanharei”, afirmou ela com firmeza. Jack sentiu uma onda de alívio com a decisão dela, pois não tinha certeza de como lidar com a situação. Com um aceno de agradecimento, ele se agachou ao lado da mulher misteriosa.

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Ele olhou fixamente para o rosto dela, tentando encontrar as palavras, mas nenhum som saiu. Tudo o que ele podia fazer era olhar para a mulher que estava usando o rosto de sua falecida esposa. “Posso ajudá-lo?”, disse a mulher, finalmente, depois de um silêncio estranhamente longo.

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Kim percebeu a hesitação de Jack e interveio: “Sim, você pode ajudar. Pedimos desculpas pela intromissão, mas receio que você tenha uma estranha semelhança com alguém importante para o nosso piloto aqui. É muito estranho” Jack se sentiu encolhido, sabendo que ele era esse piloto, e o estranho provavelmente já havia notado.

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Ele não queria parecer tímido ou abatido, então criou coragem e limpou a garganta. “Por acaso, a senhora conhece alguém chamado Elise Reynolds?”, perguntou cautelosamente. A mulher olhou para ele por um momento e Jack teve um lampejo de esperança de que ela poderia dizer sim, mas, para sua decepção, ela não disse. “Não, desculpe-me, mas não…”, respondeu ela gentilmente.

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Jack se esforçou para manter um tom de voz firme, mas uma pitada de decepção surgiu apesar de seus esforços. Ele engoliu com força, tentando conter uma lágrima que ameaçava escapar. “Bem”, ele suspirou, suas palavras carregando um toque de arrependimento, “devo dizer que você tem uma semelhança notável com minha falecida esposa. É realmente surpreendente. Entendo que deve ser apenas uma rara coincidência, mas me pegou desprevenido” Ele pensou em deixar a conversa por aí, mas então uma súbita percepção brilhou em seus olhos e ele não pôde resistir a seguir uma nova linha de pensamento.

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“E quanto a Elise Peterson?” Jack perguntou, sua voz cheia de esperança. A mulher o olhou por um momento, com as sobrancelhas franzidas enquanto ponderava sobre a pergunta. O coração de Jack se acelerou enquanto ele se agarrava à possibilidade de que talvez, apenas talvez, ela reconhecesse o nome Elise Peterson – o nome de batismo de sua falecida esposa.

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Depois do que pareceu ser uma eternidade, a mulher finalmente respondeu, com a voz tingida de incerteza. “Elise Peterson? Não tenho certeza… Não me parece familiar, mas já encontrei muitas pessoas ao longo dos anos, sabe?” O coração de Jack afundou mais uma vez e ele não conseguiu esconder a decepção em seus olhos. “Entendo”, ele murmurou suavemente, com a voz carregada de decepção. Ele deu um passo para trás, sentindo-se derrotado e mais confuso do que nunca.

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Kim, que estava ao lado dele, deu um tapinha solidário em seu ombro. “Está tudo bem, Jack”, ela sussurrou. “Não vamos tirar conclusões precipitadas. Pode haver uma explicação razoável para tudo isso.” Jack assentiu com a cabeça, tentando se recompor. A situação estava se tornando cada vez mais desconcertante, e ele sabia que precisava de mais informações para entendê-la. A mulher fixou o olhar nele, e ele notou uma mudança sutil em seus olhos. Era pena? Culpa? Reconhecimento? Então, ela finalmente falou.

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“Não consigo imaginar como isso deve ser incomum para você”, ela respondeu com simpatia. “Gostaria de poder lhe dar mais respostas, mas não, o nome Elise não me diz nada. Essa é uma situação bastante bizarra” Ela acrescentou: “Se houver algo que eu possa fazer para ajudar ou se você precisar de alguém para conversar, não hesite em entrar em contato. Você tem meu cartão”

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Jack agradeceu as palavras gentis dela e o apoio de sua colega Kim, mesmo que elas não tenham oferecido a clareza que ele buscava desesperadamente. O estranho encontro só aumentou sua confusão sobre a mulher que se parecia tanto com sua falecida esposa. Tudo o que ele sabia era que isso ainda não havia terminado..

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O restante do voo passou em uma névoa para Jack, sua mente consumida pelo mistério insondável. Ele se retirou para o compartimento de descanso da tripulação, incapaz de se concentrar. Tudo o que ele desejava era que o avião pousasse, sabendo que havia uma pessoa importante que ele precisava ver após o pouso, alguém que poderia ajudá-lo a entender essa situação desconcertante.

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Ao aterrissar, Jack rapidamente recolheu seu equipamento e foi direto para o carro. Com um senso de urgência, ele digitou um endereço no sistema de navegação do carro e acelerou. O tempo era essencial; ele estava desesperado por respostas.

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Ele chegou à casa em um instante, com o coração acelerado pela expectativa. Sem hesitar, ele tocou a campainha. Momentos depois, a porta se abriu e lá estava a Sra. Peterson, dando-lhe as boas-vindas com um gesto caloroso e convidativo. “Peço desculpas por vir tão tarde”, começou Jack, com a voz carregada de urgência. “Mas há algo crítico que preciso discutir com a senhora.” Ele não fez rodeios e foi direto ao ponto.

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A Sra. Peterson o cumprimentou com um sorriso gentil, ignorando suas preocupações. “Você nunca é um incômodo, Jack”, assegurou-lhe ela. Sua voz se suavizou quando ela acrescentou: “Acabei de fazer alguns biscoitos, daqueles que a Elise adorava” Seus olhos tinham um toque de melancolia quando ela mencionou seu nome.

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Jack podia sentir o peso da tristeza da Sra. Peterson, entendendo muito bem a dor de perder um ente querido. Ele também ainda estava de luto por Elise. Ele parou por um momento, limpou a garganta e respirou fundo para se acalmar.

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Em seguida, explicou cautelosamente à Sra. Peterson sobre a mulher em seu voo que tinha uma estranha semelhança com sua filha e sua falecida esposa Elise. Ele mostrou a ela uma foto que havia tirado, servindo como prova da semelhança surpreendente. Quando os olhos da Sra. Peterson se encheram de lágrimas, Jack pôde ver uma mistura de surpresa e confusão em sua expressão, refletindo seus próprios sentimentos.

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“A senhora está bem, Sra. Peterson? Peterson?” Jack perguntou gentilmente, percebendo o desconforto dela. “Sei que isso deve ser difícil, mas realmente preciso entender o que está acontecendo. Desculpe-me por tocar no assunto.” A Sra. Peterson, visivelmente abalada, respirou fundo e de forma um tanto instável. “Jack, querido”, disse a Sra. Peterson, com a voz um pouco trêmula, “você poderia, por favor, pegar o álbum de fotos na minha gaveta de cabeceira?”

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Seguindo suas instruções, Jack encontrou o álbum e se juntou a ela na mesa da cozinha. Quando a Sra. Peterson abriu o álbum, Jack ficou incrédulo com o que viu. O que estava acontecendo? Seus olhos se encheram de lágrimas ao ver as fotos de dois bebês gêmeos. Ele reconheceu um deles das antigas fotos de bebê de Elise, mas o outro era um mistério para ele. Era difícil de acreditar. Será que Elise tinha uma irmã gêmea?

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A Sra. Peterson, com o coração pesado, explicou que os bebês das fotos eram de fato Elise e sua irmã gêmea. Jack, totalmente atônito, ouviu atentamente enquanto a Sra. Peterson contava a história, revelando verdades que o deixaram sem palavras e abalado por um longo tempo.

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A Sra. Peterson revelou uma verdade difícil a Jack – Elise havia crescido sem pai, e a Sra. Peterson teve de criá-la sozinha. A situação se tornou ainda mais desafiadora quando ela descobriu que estava grávida de gêmeos. Sabendo que não conseguiria criar duas filhas sozinha, ela tomou a decisão angustiante de deixar uma delas em um orfanato.

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Jack ficou incrédulo, mas não pôde deixar de entender a situação difícil que a Sra. Peterson havia enfrentado. Enquanto as lágrimas rolavam pelo rosto da Sra. Peterson, Jack se viu dividido entre a frustração pela verdade oculta e a compaixão por sua dolorosa escolha. Ficou claro em sua confissão chorosa que o amor da Sra. Peterson por suas filhas continuava forte, apesar de seu arrependimento.

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Com sua mente cheia de pensamentos sobre a mulher que se parecia com Elise, Jack não pôde deixar de torcer para que ela tivesse uma educação melhor do que a infância desafiadora de Elise. Segurando o cartão de visita que ela lhe dera, ele observou os sinais de sua carreira bem-sucedida, sugerindo que ela havia superado as dificuldades do passado.

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Jack se perguntou se essa mulher sabia que era adotada e se tinha algum desejo de conhecer sua mãe biológica ou até mesmo ele, que era o marido de sua falecida irmã. A revelação chocante de que Elise tinha um gêmeo deixou a cabeça de Jack girando. Ele olhou para a Sra. Peterson, percebendo as lágrimas escorrendo pelo rosto dela. Gentilmente, ele estendeu a mão e segurou a dela, oferecendo um gesto silencioso de conforto e compreensão.

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“Eu entendo como essa decisão deve ter sido difícil para você”, disse Jack gentilmente. A Sra. Peterson assentiu com a cabeça, enxugando os olhos com um lenço de papel. “Sempre pensei em minha outra menina preciosa. Não passava um único dia sem que eu me perguntasse por ela, esperando que ela estivesse bem e segura”, disse a Sra. Peterson, com a voz carregada de emoção.

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O coração de Jack se compadeceu dela. Ele hesitou, depois perguntou: “Você acha… você acha que Sarah sabe que foi adotada?” A Sra. Peterson balançou a cabeça. “Não tenho certeza, querido. Mas agora que a encontramos, gostaria de tentar reatar os laços, se ela estiver disposta.”

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Jack concordou. “Deveríamos entrar em contato com ela. Talvez possamos convidá-la para uma refeição?” A Sra. Peterson sorriu por entre as lágrimas. “Isso seria maravilhoso. Eu adoraria vê-la novamente e conhecer a pessoa em que ela se transformou.”

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Então, Jack escreveu um e-mail cuidadoso para Sarah, explicando a situação. Ele incluiu fotos de Elise e informações sobre a Sra. Peterson, na esperança de despertar a curiosidade de Sarah. Ele fez uma pausa, com o dedo pairando sobre o botão enviar por um longo momento, antes de finalmente enviar.

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Passou-se uma semana tensa sem nenhuma resposta. Mas, então, chegou um e-mail de Sarah. Ela revelou que era adotada e que sempre se perguntou sobre sua família biológica. Ela estava disposta a se encontrar. Jack prontamente ligou para a Sra. Peterson para compartilhar a emocionante notícia. Eles concordaram em convidar Sarah para jantar na casa da Sra. Peterson.

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Então, finalmente, chegou a manhã do jantar de reencontro. Jack chegou cedo à casa da Sra. Peterson para ajudar nos preparativos. A Sra. Peterson estava em um turbilhão de energia nervosa, ajustando almofadas, reorganizando álbuns de fotos e prestando atenção a cada detalhe. Jack ajudou a preparar uma série de lanches e aperitivos para a chegada de Sarah. Ele podia sentir a ansiedade da Sra. Peterson. “Vai ser ótimo”, Jack a tranquilizou, apertando sua mão de forma reconfortante.

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Às 18 horas em ponto, a campainha ecoou pela casa. Jack e a Sra. Peterson se olharam com tensão. Esse era o momento. Jack abriu a porta com um sorriso caloroso e convidativo. “Olá novamente, por favor, entre” Sarah entrou hesitante, e a Sra. Peterson imediatamente a envolveu em um abraço apertado.

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Elas se abraçaram por um longo tempo, com lágrimas de alegria escorrendo por seus rostos. Sarah se agarrou a ela, com o rosto enterrado no ombro da Sra. Peterson. Ao testemunhar esse reencontro emocionado, Jack se comoveu até as lágrimas. Durante o jantar, Sarah e a Sra. Peterson conversaram sem parar. Sarah estava ansiosa para saber mais sobre sua família e sua infância. A Sra. Peterson compartilhou histórias sobre Elise e explicou a vida de Sarah antes da adoção.

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Sarah estava fascinada, achando notável como ela se parecia com Elise. Enquanto ouvia, Jack percebeu que o senso de pertencimento de Sarah crescia. Esse reencontro estava curando uma lacuna no coração de todos. Aquele jantar sincero marcou um novo começo para eles. Sarah começou a visitar a Sra. Peterson regularmente, preenchendo os anos que eles haviam perdido. Jack também encontrou uma conexão com Sarah por meio das lembranças que compartilhou sobre seu amor e a irmã dela, Elise. Ele se sentiu confortado ao ver traços de sua falecida esposa na irmã dela.

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A perda de Elise havia deixado um vazio profundo, mas o retorno de Sarah os ajudou a se recuperar. A Sra. Peterson estava emocionada por ter reencontrado a filha que antes considerava perdida. A presença de Sarah foi uma bênção; ela tornou a família completa novamente. Embora a jornada até aquele momento tivesse sido repleta de dor, Jack percebeu que esse reencontro estava destinado a acontecer. Suas vidas estavam intrinsecamente ligadas, e agora poderiam seguir em frente juntos.